FISSURAS

Junho 18 2010

 

 

Memorial. Os olhos prescrutantes, o tom sereno. Solene. Ponderado no agir, aberto no falar. Acusado de rispidez, de apátrida: que fosse, dizia o que tinha a dizer. Liberdade de pensamento à flor da pele. Não precisava de regras: as regras, se dele precisassem, que o chamassem. Porque o texto não tem de ser todo igual; porque a ortografia que se remexe vai-se alterando e da alteração faz-se um português coerentemente seu: Saramago. Incontornavelmente, único. Morreu a palavra autêntica. Resta, agora, no convento de deuses da língua, um novo memorial.

publicado por Catarina Pinho às 14:30
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