FISSURAS

Março 22 2010

No princípio, eram três. Três candidatos, um só lugar. Quem quer ser presidente dos EUA? – perguntava-se, pelas ruas de uma América sem norte. Não havia jornal em que não constasse a questão mais relevante: quem estará preparado para o desafio? Obama e o multiculturalismo que lhe estará sempre associado venceram. A barreira da diferença – discorde-se ou não – foi ultrapassada. Um momento histórico reacendeu a esperança numa América democrata. O sucesso da reforma na saúde, conseguido ontem, através de muito esforço – o presidente Barack Obama multiplicou-se em telefonemas a congressistas para conseguir reunir o número máximo apoios – pode muito bem ser representativo de uma conquista histórica por parte de um presidente que, até agora, não mais era do que a esperança numa América fragilizada. Agora, a esperança começa a materializar-se: a lei, a assinar terça-feira, não sendo totalmente universal, alarga o sistema para 95% da população. O seguro de saúde será obrigatório para todos os cidadãos americanos abrangidos pela reforma, já a partir de 2014, existindo também a alternativa das apólices de grupo a que os empregadores dão acesso, assim como um mercado individual. Os subsídios serão facultados aos cidadãos que não consigam suportar os custos dos seguros. Não é uma reforma perfeita. Mas é, sem dúvida, um passo seguro, que fortalece a imagem de um presidente que, ao fim de um ano e alguns meses, já faz história. Agora, Obama pode muito bem dizer: “yes, I do”.

publicado por Catarina Pinho às 18:02

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