FISSURAS

Dezembro 17 2009

O pessimismo anda no ar. E parece já ser um factor incontornável – não fosse o “choque” gritante entre os países em desenvolvimento (G77) e países desenvolvidos (G8) que começa, antes de ambientalismos de qualquer espécie, nas diferentes formas de olhar o mundo - cada qual do seu respectivo ângulo. Daí a sensibilidade e consequente fragilidade desta cimeira que desde o início não trouxe os melhores prenúncios. A Europa tem sido uma mediadora de conflitos entre as nações subdesenvolvidas e/ou emergentes – nomeadamente a China, uma das principais nações poluidoras que se propôs a uma redução considerável da libertação de dióxido de carbono até 45% - e os EUA – que ainda não firmaram uma meta minimamente consensual. E se no meio desta onda de preocupação ambiental constante ninguém parece entender-se no cerne da questão – redução efectiva das emissões de dióxido de carbono – a verdade é que países como Bangladesh, Argentina e Mauritânia, em que a seca se afirma como o topo das realidades já visíveis e palpáveis, vão sucumbindo às feridas da Natureza. Exemplo disso é o avanço do deserto, na Mauritânia, em cerca de 10 km por ano – terreno que morre, assim, aos poucos, enquanto que, por Copenhaga, líderes e mediadores tentam concertar o que já pouco tem de concerto. Entre mitigação e adaptação a climas mais quentes, o caminho escolhido não permitirá qualquer via de retorno.

 

publicado por Catarina Pinho às 15:38
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